O Brasil é um país miscigenado e consequentemente em decorrência de diversos discursos o racismo no país é de caráter estrutural e sistêmico, sendo inquestionável e persiste devido a fragilidade de políticas públicas para o seu enfrentamento, além da negação de sua existência no discurso de muitas/os. Existem aspectos históricos que se
perpetuam e se caracterizam por meio do racismo estrutural. Precisamos elaborar estratégias efetivas de enfrentamento para se pensar em uma sociedade igualitária (com a consciência de que temos nossas particularidades e que temos direitos em comum). A taxa de violência e de homicídios de pessoas negras segundo o Atlas da Violência em 2019 chega a 77% (IPEA, 2021), tristemente mais episódios são noticiados cotidianamente em rede nacional.
Precisamos construir uma sociedade igualitária, mas para isso, requer uma compreensão de cada um, de uma educação antirracista. Infelizmente o racismo estrutural ocorre no cotidiano, e não está muito distante, ele pode estar até próximo de nós, aqui na nossa cidade.
Pensando assim, os que fazem o Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Brejo Santo (COMPIR), repudia os atos de violência que levou à morte contra aos Jovens Moise Kabagambe e Durval Teófilo Filho. Ambas vítimas do racismo naturalizado na sociedade. São pessoas de outras cidades, de outro estado, mas precisamos, sensibilizar
a população local como nota de repudio e que estes atos não possam acontecer em nossa região, visto que, temos grande população negra no nosso país. Assim, como em todos país, houve manifestações, e nós do COMPIR, emitimos nossa solidariedade.
O jovem Moise fugiu do Congo por conta da guerra e veio morrer por algo tão banal, trabalhador diarista, foi espancado até a morte por ser pobre e negro. Durval, brasileiro, trabalhador, saiu da favela por conta da violência, confundido com um ladrão, recebeu tiros de um vizinho por ser pobre e negro.
O processo de empatia não tem prazo de validade, nem distância, cabe em qualquer circunstância, imaginemos a dor da mãe que só quis proteger seus filhos da guerra, e a dor dos irmãos de Moise. Nos coloquemos no lugar da esposa e da filha de Durval que os esperava do retorno do supermercado, e assim os dois morreram por conta da cor da
pele. “A Carne mais barata do mercado é carne negra” (Canção de Elza Soares).
Clique e Baixe a Nota de Repúdio.
O Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial foi nomeado em complementação da Portaria N.º 017/2022, de 27 de janeiro de 2022, ficando assim constituída:
Representantes da Administração Municipal
Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos
Titular: João Alves de Queiroz Neto
Suplente: Francisco Marcílio da Silva
Secretaria Municipal da Educação Básica
Titular: Maria de Fátima Alves Moreira
Suplente: Wagner David Rocha
Secretaria Municipal da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos
Titular: Ana Maria Coelho Diniz
Suplente: Daciana Soares Cardoso
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
Titular: Denilson Moura Sousa
Suplente: Ana Clecia de Jesus
Representantes do Poder Legislativo
Titular: Arnou Pinheiro Feijó
Suplente: Maria de Lourdes Silva
Representantes da Sociedade Civil Organizada (Indígenas, Arte e Cultura, Negros, Capoeristas)
Titular: Emerson Figueiredo Silva
Suplente: Luciana Maria da Silva
Titular: Luís Miguel Alves
Suplente: José Arimatéia Coelho
Titular: José Clébio Carlos
Suplente: Carlos Henrique Nascimento Silva
Titular: Donilton Inácio da Silva
Suplente: Edileusa Francisca da Silva
Brejo Santo
Cidade de Todos
Igualdade para Todos.